domingo, 25 de dezembro de 2011

Novo ano, novo coração


O final de ano está chegando e com ele chegam às promessas que fazemos nesta virada de ano novo. Várias pessoas certamente passarão a noite toda fazendo promessas e levando flores para Iemanjá, outros para terreiros de umbanda buscando proteção, alguns buscam previsões para o futuro, outros buscarão nas igrejas (católicas e evangélicas), bênçãos para o próximo ano. Muitos de nós falaremos mais ou menos assim, EM 2012 EU GOSTARIA DE... EM 2012 EU ESPERO QUE... ou EM 2012 EU PROMETO QUE...
O que realmente fará diferença em nossa vida em 2012 depende muito da forma como encararemos a história da nossa vida e o que Deus escreverá nelas. Muito do que acontecerá nós não podemos prever, mas podemos sempre estar preparados. Ou pedir, que Deus nos prepare. Mas, se eu fosse pedir algo para o Senhor neste ano novo, seria um novo coração...
Não quero somente pedir a Deus um novo coração, mas, sobretudo, quero praticar algumas coisas que possibilitará um coração novo, neste ano novo. Quero sugerir quatro atitudes para nós adotarmos como cidadãos do Reino de Deus, são pedidos simples a Deus neste início de ano. E que não será um esforço sobre humano, eu tenho absoluta certeza. Vejamos:
O primeiro pedido é “NÃO FALAR MAL DAS PESSOAS””Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão, ou julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz.”(Tg 4.11);
”Aquele que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho... Quem deste modo procede não será jamais abalado.” (Sl 15.3,5) Não é tão difícil falar mal, comentar acerca de alguém, criticá-la, julgá-la, etc., afinal o outro é quem não se enxerga, aliás, o outro é sempre o errado não é mesmo? Difícil é reconhecer que estamos errados, difícil é promover o outro, falar bem dele, bendizer a vida do próximo, não é mesmo? Se você não tiver algo de bom para falar do seu irmão, se não sair coisas boas da sua boca para abençoá-lo, então não fale algo de ruim acerca dele. Não promova a morte, promova a vida sempre. Não fale mal, fale bem, bendiga o seu próximo, promova o seu irmão sempre em nome de Jesus.
Uma segunda sugestão “NÃO FALAR MAL DA IGREJA” – A Igreja é de Jesus, Ele é o Cabeça... Falar mal da Igreja é falar mal de Jesus. Criticá-la é não se enxergar, pois quem faz parte do Corpo de Cristo, não pode em hipótese nenhuma falar mal, pois está falando mal de si mesmo. Se você faz parte do Corpo, você pode está insensível a realidade do Corpo, não tem mais nervo, perdeu toda percepção e sensibilidade espiritual, não sente mais dor, não sofre mais quando fala mal da Igreja. Isso é como mutilar o seu próprio corpo.
Foi o próprio Jesus que disse em Mateus 18:20 “Onde se reunirem dois ou três em meu Nome, ali eu estarei no meio deles”. Portanto, se Jesus está presente, nós não podemos abrir a nossa boca para criticar, maldizer, amaldiçoar a igreja de Jesus. Sobe pena de cair nas mãos do Deus vingador. Cuidado e alerta são precauções para o nosso próprio bem e do Corpo.
A terceira sugestão “CAIA DE JOELHOS, LEVANTE UMA PRECE AOS CÉUS”. Humilhe-se diante de Deus, conviva com a sua fé de joelhos, humilhado na presença de Deus. Um cristão de joelho enxergar muito melhor do que o filósofo na ponta do pé. Quem não ora é soberbo, pois o soberbo não depende de Deus, somente dele mesmo. Tiago nos aconselha dizendo: “Portanto, sujeitai-vos a Deus. Resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós! Achegai-vos a Deus, e Ele acolherá a todos vós! Pecadores, limpai as vossas mãos, e vós que tendes a mente pelas paixões, purificai o coração, entristecei-vos, arrependei e chorai. Abandonai o riso fácil e pranteai, trocai a vossa euforia pelo pesar. Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele vos exaltará!” (Tg 4.7-10)
Finalmente, uma quarta sugestão é “NÃO NEGLIGENCIE A PALVRA DE DEUS” – Não seja displicente em mergulhar no Livro dos livros, de estudar, de meditar, de comer do Pão que desceu do céu, de beber da água da vida que jorra através da Palavra. Certamente seus olhos se abrirão, não só uma vez, mais, duas, três, quatro, várias vezes... Deus quer produzir isto em nós. Leia a Palavra, pois é Vida, leia a Palavra, pois é a nossa conduta de regra e de fé.
Josué 1:8 diz “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido”.Em 1ª Timóteo 1:15 “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”. João 14:24 “Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.”  E em Mateus 24:35 “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”. Poderia listar vários textos que incentivam a prática da leitura da Palavra de Deus. Mas, esses textos são suficientes para despertar-mos à leitura das Sagradas Escrituras. Quando a lemos, nos vemos através dela. Ela é nosso espelho como diz nosso irmão Tiago...
Estas quatro atitudes certamente resultarão em um coração diferente e novo em 2012. E nós, nossa família, nossa comunidade e os nossos amigos certamente crescerão em o nome de Jesus.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Que Fazer Quando à Calamidade Chega a Nossa Porta?


Às vezes enfrentamos adversidades com as quais achamos ou juramos e até “cremos” que não iremos resistir. Em meio à calamidade, a dor, ao sofrimento que muitas vezes passamos, como por exemplo: Uma doença que chega de maneira absolutamente inesperada, e o diagnóstico do médico é que, não tem mais jeito, ou um acidente grave de um irmão da família, e a notícia que ele não resistiu aos ferimentos e faleceu, ou ainda, você foi demitido e não tem como manter o seu lar financeiramente, enfim, essas calamidades que chegam as nossas portas sem aviso prévio, sem notícias, chegam de maneira avassaladora, sem pedir licença, invadem os nossos lares, as nossas famílias, casas e os nossos corações. Imagino que você possa ter algumas perguntas do tipo:
Onde estava Deus?  Por que Ele permitiu?  Deus poderia ter evitado?
Estas perguntas vêm ao nosso coração nestes momentos, e não há realmente uma resposta personalizada, mas podemos lidar com elas dentro de certos parâmetros bíblicos... 
  • Deus é soberano;
  • Ele reina absoluto sobre todas as coisas e acontecimentos, e tem o poder sobre tudo – Apocalipse 19.8;
  • Deus faz escolhas segundo o Seu propósito;
  • Deus poderia ter impedido, mas em sua soberania não o fez, segundo o seu propósito - Rm 9.13-24;
  • Deus é soberano para mudar o curso da história e de acontecimentos - Tiago 5.16-18;
  • Deus responde as orações segundo seu propósito - Efésios 3.20;
  • Deus conforta e cura a dor de seus filhos - Salmo 147.3;
  • Deus nos sustenta em toda tribulação - II Coríntios 1.4;
  • Deus em sua atuação soberana deixa-nos entender algumas coisas e outras não - Deuteronômio 29.29;
Nestes momentos, nossa âncora tem que estar firmada em alguém que tenha todo o poder sobre todas estas coisas, que seja nosso abrigo, nosso refugio, nossa fortaleza. Mais do que isto, alguém que além de ter o controle sobre tudo, tenha o amor para nos ouvir e andar conosco no meio da calamidade.
Este alguém só pode ser Deus!
Podemos não entender algumas coisas que Deus faz ou que Ele deixa acontecer, mas podemos ter a absoluta certeza que se estas coisas nos afetam, Deus estará conosco no meio delas! – Salmo 23.4.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cristianismo Fast Food


Fast Food é um termo americano que significa comida rápida! Fast Food – Alimente seu espírito! Para os dias corridos uma palavra rápida, mas profunda!
 
É... meus caros irmãos, eu li e não acreditei. Isso está escrito em uma pagina cristã, oferecendo uma palavra rápida e profunda para os dias corridos? Como pode ser isso? Como pode ser rápido e profundo? Não entendo esse cristianismo rápido, sinceramente, não entendo!

Estamos em dias superficiais, dias onde as pessoas estão correndo, elas estão com pressa, e fazem tudo rapidinho e sem nenhum aprofundamento...
As relações de amizades são rápidas, ou melhor, superficiais, as leituras, as devocionais não passam de meia hora, alias, isso já é um tempão! Orações nem se fala, tem gente por ai que diz que é um ser “orante”, só pra justificar pra si mesmo que ora. Esse ser “orante”, é como se fosse uma pessoa “operante”. Ou seja, enquanto anda, ora, enquanto ora, anda. E, isso tudo, para apaziguar a sua consciência diante de Deus, achando que alivia. Coitadinho!

E soa aos ouvidos e a compreensão como algo lindo, não é mesmo? Mas, isso não tem valor algum diante de Deus. É só culto de si para si mesmo, sem significado pra alma e principalmente pra Deus.

Vivemos em um tempo superficial e fazemos parte de uma geração superficial, porque buscamos por nos satisfazer rapidamente. Queremos comida rápida, Fast-Food. Quer um exemplo?

Saímos no domingo dia 30, às 14h00 para almoçar com Luís e Fernanda, no entanto, tínhamos um compromisso no bairro Maiobão para o encontro do MINISTÈRIO FLUA, onde eu falaria exatamente sobre este assunto “Cristianismo Fast-Food”.  portanto, estávamos atrasados. Fernanda ligou para o Rairisson, explicando que ainda iríamos almoçar e que chegaríamos atrasados pelo menos uma hora.

Como, comer em um restaurante demoraria muito, Fernanda teve a idéia de sugerir o Bob’s. Fomos e compramos lanches que tem efeito de inchar o estômago, mas devido ao pouco valor nutritivo, estávamos com fome algumas horas depois. Ou seja, quando chegamos em casa já estamos com fome de novo.

Será que não é assim que a igreja tem vivido? Um Fast-Food espiritual? O que percebo é que em cada avenida que eu passo, eu vejo os drive-thru com faixas e letreiros anunciando o próximo Fast-food do dia: campanha da prosperidade, descarrego, culto de libertação, cultos visando comunhão, quebra de maldições e etc. A Igreja é algo muito mais profundo que isto, Igreja não é fast-food espiritual, ela envolve muito mais coisas que apenas o resolver dos problemas mais urgentes de cada pessoa. Esse cristianismo é só pra encher o estômago e nada mais. Não sustenta, não é vitamina, não tem conteúdo, não tem vida, não tem sustância, não permanece, é palha! Além das mensagens de auto-ajuda. Que aliás, eu particularmente não gosto de mensagens assim, isso empobrece o evangelho e as pessoas. Essas mensagens são comidas Fast-Food, comida rápida e passageira. Logo, logo vem a fome e a vontade de comer de novo.

Vejamos como viver uma igreja longe do Fast-Food. Ou melhor, que tenha sustância, que permanece, que tenha vigor, etc.

1º – Igreja é um lugar de adoração a Deus. Vamos para a reunião com os outros cristãos para juntos adorarmos ao Deus Trino. E não para satisfação pessoal.

2º – Igreja é um lugar que a Palavra de Deus anuncia a Cristo. Ela é pregada, ensinada e estudada. Vamos para aprender mais sobre o nosso Deus, e fortalecer nossas vidas espirituais para que possamos enfrentar o dia mau (Efésios 6).

3º – Igreja é um lugar de oferecer a Deus Toda Honra, Toda a Glória e Todo o Louvor. Não é como muitos pensam por ai, em ir a igreja – templo, para receber de Deus um lanche, uma vitamina, uma benção, uma unção, etc. Mas, sobretudo, oferecermos a Ele as nossas vidas, como fruto do Seu amor por nós. Vamos não para assistir um culto, mas para prestarmos um culto ao Deus Eterno. 

4º – Igreja é lugar de encontrar o meu irmão, é lugar de ver o sagrado no outro e servi-lo.  De ter e manter comunhão com o corpo de Cristo que é formado por pessoas, que, como eu, são pecadoras tanto quanto e estão também buscando crescimento, somos companheiros de jornada.

5º – Igreja é lugar de solidariedade. É lugar de misericórdia, de compaixão. Não podemos deixar um irmão passar fome, não ter o básico. A Igreja é lugar onde agente assiste o necessitado. A igreja é Deus em ação social pelos menos favorecidos.

Igreja é lugar de comunhão, de encontros, de confissão, de conversas que edificam, de falar, de ser ouvido, de ser amado, é festa, celebração . Promessas, evangelho liquido, superficial, Fast-Food, todos estão cheios disto! As pessoas anelam e necessitam de mais comunhão, mais da Palavra.

Como diz em Atos 2.42-47 que “eles perseveravam no ensino dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. E na alma de cada pessoa havia pleno temor, e muitos feitos extraordinários e sinais maravilhosos eram realizados pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, e dividiam o produto entre todos, segundo a necessidade de cada um. E diariamente, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração. Louvando a Deus por tudo e sendo estimado por todo o povo. E, assim, a cada dia o Senhor juntava à comunidade as pessoas que iam sendo salvas.” É, meus queridos, a coisa era bem diferente!

Alguém pode perguntar: Mas Pastor, a igreja assim demora crescer numericamente! Desse jeito, teremos poucas pessoas freqüentando o culto. Demora! É verdade! Mas meu brother, ela continuará a ser a essência que se é: Igreja! Igreja Fast-Food, não tem aprovação de Deus, não podemos deixar de lembrar que nem toda comida é saudável. Nem tudo que enche o estômago é sinal de uma alimentação boa, nem tudo que é bom, é saudável. Nem tudo que se prega em cima dos púlpitos é sinal de comida abençoada. Tem os nutrientes necessários para o nosso crescimento sadio.

Seu servo, Gilberto Paulo

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Rasgando a igreja


I Coríntios 1.10-13

Estamos enfrentando uma crise, a saber, a crise da unidade. E, isso não é privilégio só nosso, não é de agora que enfrentamos essa crise. Já vem se arrastando desde a época de nosso irmão Paulo. Ele enfrentou esse tido de veneno na igreja, o veneno da discórdia, da desunião, da divisão, do desamor, enfim. Estamos vivenciando uma época fatídica neste sentido, onde várias igrejas estão se dividindo. Ninguém quer ou tem compromisso com a mensagem do evangelho, com as boas novas que trazem esperança para o aflito de coração. Jeremias diz que o coração do homem é enganoso, Tiago nos fala em sua carta no capítulo 4, que o coração do homem está cheio de guerras, de interesses pessoais, de conflitos e de partidarismos. William MacDonald declara que Paulo “condena veementemente o sectarismo em Corinto (1.13) declarando para a igreja que ele não estava procurando ganhar pessoas para ele ou para enaltecer seu nome. Seu único propósito era levar homens e mulheres a Jesus Cristo”.

Paulo então, percebendo isto, questiona a igreja de Corinto, fazendo três perguntas que segundo Warren Wiersbe diz que essas são palavras-chave, para tratar o assunto da divisão dentro da igreja. Ora, acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em vosso favor? Fostes batizados em nome de Paulo? (1.13).

Paulo fala que a divisão na igreja é como se nós estivéssemos rasgando-a por inteira, gente puxando de um lado, gente puxando para outro lado, um verdadeiro absurdo, mas por quê? Porque a igreja de Corinto estava levando os crentes a pensar que Paulo estava pregando um tipo de Cristo, que Apolo estava pregando outro tipo de Cristo e Pedro estava pregando outro tipo Cristo. Por isso, a separação, a divisão, as contendas. Todavia, a igreja é de Deus, diz Paulo em I Co.1.2. Ela tem somente um dono, e certamente, não era Paulo, Apolo ou Pedro. Mas, há somente um Senhor e Salvador da igreja, Jesus Cristo é o nome dele.

Isso que aconteceu na igreja de Corinto, tem acontecido de maneira desenfreada e descontrolada em nossa época. Crentes cultuando pastores, pregadores, missionários. Cultuam suas doutrinas e denominações, eles acreditam que estão certos, tem orgulhos por serem de fundo histórico, tradicionais, outros, por acharem que são melhores, por serem pentecostais, por terem unção, poder do Espírito e por ai vai... cada um apresentado um cristo diferente, e a igreja ficando cada vez mais anti-cristo, ou seja, se não é a cara de Cristo é contrária a Cristo, e portanto, anti-cristã.

Paulo roga aos irmãos que em nome de Jesus falem a mesma coisa. Que não tenha várias igrejas, uma de Paulo, outra de Apolo, de Pedro e de Cristo, não! Que não haja “divisões” entre eles. Divisão vem da palavra grega “cisma”, cujo significado é “rasgar um tecido”. O que Paulo está nos dizendo é que havia na igreja de Corinto algo como um tecido rasgado, ou uma rasgadura de um tecido velho (Mateus 9.16; Marcos 2.21).E isso, que eles estavam fazendo era, rasgando a igreja de Deus!

Paulo então ordena a igreja: “...antes, sejam inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer” (1.10b).  

É triste sabermos que Deus o Pai, já rasgou o véu, a cortina , o pano que fazia separação entre nós e Deus. Que o sangue foi posto para entrarmos com ousadia no novo e vivo caminho como diz em Hebreus. Que é, tão somente, através do sacrifício de Seu Filho Jesus que temos acesso livre na presença do Pai e podemos viver como igreja aqui na terra. Que não necessitamos costurar, remendar, refazer mais nada. No entanto, nós queremos fazer uma igreja que pareça a nossa cara. Já ouvi irmãos dizendo, “a igreja tal é a cara do pastor”, Deus me livre de ter uma igreja parecendo com a minha cara, vai ser horrível! A igreja tem que parecer com a cara, o jeito, os gestos do Filho Jesus. Tem que ser a cara do Pai, e não minha e nem a de ninguém.

Mas, qual foi à loucura que fizemos? Rasgamos a igreja que é a cara do Pai, e fizemos a cara de um mostro, um Frankenstein, toda rasgada, costurada e remendada. Isso mesmo! Encontramos hoje, uma igreja feia, desfigurada, rasgada, disfacelada e cheia de donos. Dentro da igreja, encontramos pessoas que pensam completamente diferente, como poder ser isso?

Porque muitas igrejas atualmente deixam de olhar para a mensagem do Evangelho que são as boas notícias, para exaltar o mensageiro. Precisamos ressaltar que o mais importante não é o mensageiro, mas a mensagem. Pois todas as vezes que a igreja começa a dar mais credibilidade ao pregador, ao pastor, ao mensageiro do que a própria mensagem, ela está prestando um culto à personalidade, e isto é pecado!

Eis a razão porque a igreja está rasgada! O seu tecido já não é mais virgem, já não está mais branco, puro. Ah! Que o Eterno Deus tenha misericórdia de todos nós. Que entreguemos a Sua Igreja, pois Ele a deseja de volta. Devolvemos a Sua Igreja, por que Jesus quer voltar e encontrar a sua noiva “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Efésios 5:27). Ele se sacrificou para santificar e purificar a igreja (Efésios 5:26), e quer que os seus discípulos se mantenham também santificados (João 17:17,19).

Paremos de rasgar a Igreja de Deus, nós estamos rasgando a Sua Igreja, se Jesus clamasse e nós tivéssemos ouvidos para ouvir, nós ouviríamos: "Parem! Vocês estão me dividindo, estão partindo-me em quatro partes, cada uma liderada por alguém”. Pois, vocês estão estragando a minha igreja, com discórdias, cismas, partidarismos, divisões e facções. Isso mostra o absurdo da situação e a indignação do apóstolo.

Somos seguidores de Cristo ou seguidores dos pastores? O nosso culto é a personalidade ou a Deus? Buscamos a prosperidade espiritual ou material? O que é que tem mais valor, a mensagem ou o mensageiro?

Nosso chamado é para proclamar a cruz de Cristo, de tal maneira que ela não seja anulada por causa da nossa vaidade e nosso desejo de aparecer. Quando somos exaltados, Cristo é “diminuído”. Que haja em nós, sempre, a atitude de João Batista, “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (João 3.30). Só assim evitaremos as divisões no corpo de Cristo. E a Sua Igreja não será rasgada.

Gilberto Paulo

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Reino entre nós


Temos vários quadros no programa entre amigos. Dentre esses, temos o “Flash Back”, que são músicas que cantávamos nas nossas igrejas, e, em vigílias com os amigos e irmãos, sempre no ritmo de letras dos anos 80 e 90, e que, a grande maioria do povo evangélico desta década atual não conhece.
Desengavetamos estas músicas com suas melodias riquíssimas para uma reflexão e comentários das mesmas, elas trouxeram e ainda trazem significados, pois marcaram as nossas vidas e também as vidas dos ouvintes que curtiram e curtem com imenso saudosismo.
Também temos o “Mundo em 1 Minuto”, são as principais notícias divulgadas e comentadas da atualidade. São informações fresquinhas que levamos para casa dos ouvintes, e se houver alguma denúncia, fazemo-na com relevância e responsabilidade. Sempre temperadas com bom humor.
Na seqüência vem o quadro mais pitoresco e engraçado do programa, o “Só Crente Entende”, são perguntas, inquietações e questionamentos mais diversos, os ouvintes enviam mensagens e entram algumas vezes ao vivo para comentar conosco também. Afinal, tem coisas que só crente entende, não é mesmo?
E finalmente o “Reino Entre Nós”, é uma reflexão feita e comentada inicialmente por Nehemias Bandeira, com as nossas participações e considerações. É uma espécie de pregação onde os quatros comentam e interagindo numa consciência, onde o Reino de Deus é posto, e onde os ouvintes têm a oportunidade de ouvir uma palavra coerente e edificante. A idéia é falar acerca do Reino de Deus. Mostrando que o Reino exige mudança...
Era exatamente onde eu queria chegar, no Reino de Deus Entre Nós. Eis a razão principal da vida e do ministério de Jesus Cristo. Percebemos o Reino de Deus como questão central e objetivo principal da Sua pregação e obra. Ele veio para implantar o Reino de Deus Entre Nós, que não é deste mundo, que não é desta terra, mas que constitui a obstinação de Jesus até hoje, e não poderia ser diferente para nós. No entanto, cremos que, em comparação com a importância dada ao Reino de Jesus, em geral temos falado e anunciado pouco, estudado pouco, e entendido pouco do Reino de Deus.
Mas, afinal o que é o Reino de Deus Entre Nós? Como ele se evidencia? Como ele se manifesta entre nós?
Uma das definições mais simples, porém mais elucidativas, coloca o reino de Deus como “todo ambiente onde Deus é soberano, onde Deus é Senhor, onde Ele reina de maneira soberana”. Onde quer que a vontade de Deus esteja sendo cumprida, aí se manifesta o Reino de Deus Entre Nós. Alguém já disse que o inferno é uma confusão por ser um reino de muitas vontades. Mas, no Reino de Deus, só há lugar para uma vontade: a do Soberano Rei, Deus!
Quando Jesus ensinou a oração do Pai Nosso para os seus discípulos no Sermão do Monte, em Mateus 6.10 “Venha o Teu Reino. Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu”. Ele tava querendo dizer que, assim como Deus reina de maneira soberana e absoluta, assim como só uma voz é ouvida e obedecida no céu. Nesse reino invisível, mas real. Deus cumpre o seu querer. Seu governo é Supremo e onde no Seu reino há normalidade em e de todas as coisas.
Deste modo também, Deus quer governar os nossos corações. E não somente isso, mas o reino precisa avançar nos nossos corações, transformando-os em súditos obedientes. Só assim, vidas, famílias, igrejas, instituições, nações, a própria história terá outro rumo. Pois, o pré-requisito para adentrarmos nesse reino é a completa submissão ao Rei.
O Reino de Deus Entre Nós é como define Stanley Jones, missionário na Índia, aponta o reino como a “resposta de Deus à necessidade total do homem”. Somente a Igreja de Jesus, que sou e você, somente nós, é que somos capazes de salgar as necessidades integrais do ser humano. Pois não há como nos mantermos comprometidos com o Reino de Deus sem nos envolvermos em questões de justiça social, denuncia do opressor, violência das mais diversas áreas, prostituição infantil, miséria, saúde e etc.
Cabe a nós, súditos do Rei, discernir sabiamente a áreas críticas e trabalhar para devolver a Deus o seu governo nessas áreas. Pois o Reino de Deus Entre nós, veio para santificar o comum (Tt 1.15), e por isso, ele deve estar manifesto em cada aspecto da vida de um “cidadão” do reino. Na vida devocional, na comunhão, no trabalho, no mercado público, na escola, na universidade, no lazer, nas praças, nas praias, nas esquinas, nas ruas e na família. Como o apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios:”portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para glória de Deus” (I Co 10.31).  
A compreensão desses princípios aplicáveis individualmente é fundamental para o desenvolvimento comunitário. Quando compreendemos que o Reino de Deus Entre Nós é inteiro e abrangente, e não se restringe apenas à vida devocional e às nossas disciplinas espirituais, somos livres para ministrar junta à comunidade em todas as áreas. E isso, não como uma mera expressão de “trabalho social”, mas para o governo soberano de Deus cresça e se estabeleça nos corações humanos.
Então será completamente respondida a oração ensinada por Jesus no Sermão do Monte e repetida por milhares de discípulos na face da terra – o pedido mais proclamado mais ouvido através dos séculos: “venha o Teu Reino” (Mateus 6.10).
Que venha o Seu Reino Entre Nós.
Gilberto Paulo

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A sonegação da graça

É conhecida a observação do Abade Mugnier que, quando lhe perguntaram se acreditava no inferno, respondeu: “Certamente acredito nele; mas também acredito que não há ninguém lá.” Isso me parece mais do que um lampejo espirituoso. É um ponto de vista que é inerente a toda a perspectiva da Bíblia, de que a severidade e as ameaças de Deus – ou o que o homem em seu remorso atribuem a Deus – são destinadas a nada menos que a sua salvação e a conservá-lo fora do abismo.
Um dos textos censurados do livro de Paul Tournier. Três capítulos e este parágrafo foram suprimidos na edição brasileira.



Ele está lá, o número 22 na lista de Ricardo Quadros Gouvêa dos quarenta livros que fizeram a cabeça dos evangélicos brasileiros nos últimos quarenta anos. Uma edição despretensiosa, a capinha azul ciano coroada por um austero retângulo preto, uma tradução por vezes truncada e uma redação nem sempre fluente. Nada disso impediu que Culpa e Graça, do médico suíço Paul Tournier, se mostrasse no meio evangélico brasileiro um livro absolutamente seminal: uma semente, mas uma semente cuja potência e singeleza bastaram para produzir nos leitores o seu próprio solo fértil – o tipo de obra cuja onda de impacto se estende muito além dos limites das páginas e da data de publicação.
Rolava ainda a década de 1980 quando encontrei o livro no apartamento da minha tia Lauriza e rendi-me imediatamente à sua lucidez. Lembro claramente meu assombro ao deparar-me, expostos ao ar livre, sem meias medidas mas com toda a compaixão, com os mecanismos que eu havia lutado desde sempre para permanecerem ocultos no meu interior.

“Minha irmã é tão categórica em suas opiniões”, disse-me uma senhora, “que me sinto sempre um pouco culpada se não tenho a sua opinião”. E uma outra: “Eu chego a evitar ir visitar a minha irmã, porque no momento em que quero ir embora, ela diz: ‘Como? Já vai?’, com um tom de reprovação que até me faz sentir culpada”. 
Que direito tinha esse sujeito de falar publicamente de mim (e das minhas irmãs)? E logo em seguida:
Porque a verdadeira culpa é, essencialmente, você não ousar ser você mesmo. É o medo do julgamento dos outros que nos impede de sermos nós mesmos, de nos mostrarmos tal como somos, de manifestarmos nossos gostos, desejos e convicções, de nos desenvolvermos, de nos expandirmos segundo a nossa própria natureza, livremente. É o medo do julgamento dos outros que nos esteriliza, que nos impede de produzir todos os frutos que somos chamados a produzir. “Fiquei com medo” diz, na parábola dos talentos, o servo que escondeu o seu talento na terra, em lugar de fazê-lo valorizar.
Meu Deus, meu Deus: a verdadeira culpa é você não ousar ser você mesmo. E ainda estávamos no segundo capítulo.
Culpa e graça foi lançado no Brasil em 1985, pela Aliança Bíblica Universitária (ABU). Essa versão resiste ao tempo e circula teimosamente em sua forma original (o livro da minha tia transita há décadas entre a minha casa e a dela; às vezes, como agora, não temos certeza de com quem ele está), em cópias reprográficas e em versões pirateadas
O que pouca gente sabe ou percebeu é que, por alguma razão que os editores não declaram no livro (e, que eu saiba, em nenhum outro lugar) os três últimos capítulos da versão original foram suprimidos da versão brasileira. A explicação mais simples e mais provável para essa omissão é que os textos em questão foram considerados fortes ou heterodoxos demais para o público a que se dirigia. Os dois últimos capítulos da versão brasileira, numerados 20 e 21, são intitulados Tudo deve ser pago Foi Deus quem pagou – e já são bastante subversivos em si mesmos, mas aparentemente os capítulos seguintes iam ainda mais longe.
Há quase dois anos venho sonhando em rastrear, traduzir e divulgar esses capítulos proibidos, como parte do meu ministério de ver o circo pegar fogo. Poupou-me desse trabalho e dessa glória o Zenon Lotufo Junior, que mandou-me há alguns dias esses textos, na tradução de seu amigo Antonio Augusto Martins Ribeiro. Seu conteúdo subversivo você pode agora avaliar por si mesmo pela primeira vez.
Há por exemplo, o capítulo 24, A ordem de Melquisedeque, com sua ênfase num sacerdócio universal que transcende a esfera da igreja e a engloba. Há o capítulo 23, O caminho da confissão, que sugere que a graça é tão ampla e eficaz que qualquer um pode imprimir, e sobre qualquer um, a divina absolvição. E há em especial o capítulo 22, Amor incondicional, que demonstra que Tournier pensava sobre a graça, em 1962, essencialmente o mesmo que J. Harold Ellens pensa nos nossos dias: é a natureza incondicional do amor divino que possibilita a cura humana – Deus não tem ninguém na sua lista:
Portanto, insisto na palavra “incondicionalmente”, porque ela me parece muito importante na prática. A maioria das pessoas admite que, se há um Deus, Ele deve nos amar. Mas existe uma diferença decisiva entre um grande amor, ou um amor muito grande, ou um amor muito, muito grande e um amor que é incondicional. É à distância que existe entre o que é finito, seja tão grande quanto for, e o que é infinito.
Todas essas posições, bem como a menção, como mera possibilidade, de que a função do inferno é permanecer vazio (conforme a anedota do Abade Mugnier que abre esta nota), podem ter parecido controversas ou pouco ortodoxas o bastante para justificarem a censura.
Resta porém a possibilidade de que o motivo da supressão tenha sido ainda mais prosaico e mais mesquinho. Afinal de contas, o universalismo de Tournier parece ficar bastante estabelecido no capítulo 21, que não foi censurado da versão brasileira:
Salvação não é mais uma idéia remota de perfeição, para sempre inacessível; é uma pessoa: Jesus Cristo, que veio a nós, veio para ficar conosco, em nossas casas, em nossos corações. O remorso é silenciado pela sua absolvição. Todos os homens podem se beneficiar desta expiação única; todos os homens, de fato, “todo o mundo” como João afirmou (1 Jo 2:2). Jesus Cristo morreu por todos sem qualquer distinção, para homens de todas as idades e regiões, para hindus, para budistas, para muçulmanos, para pagãos e para ateus; basta que nele creiam. 
Não é impossível, portanto, que a raiz da controvérsia tenha sido as duas ou três ocasiões em que, no capítulo 22, Tournier sugere que os católicos acolhem e aplicam de modo menos neurótico do que os protestantes a boa notícia da graça:
É significativo o que um dos meus pacientes protestantes tenha dito: “O protestantismo me parece com um enorme esforço para se ganhar a graça pela boa conduta, enquanto que o catolicismo distribui esta mesma graça a todo aquele que a procura com um padre”.
Também aqui:
O moralismo restabeleceu a ideia de mérito, de uma graça que é condicional. E, em certos círculos protestantes, estas condições se proliferaram tanto e ficaram tão rígidas que se tornaram opressivas.
E aqui:
Em um dos círculos intelectuais católicos, um teólogo, Jean Guitton, afirma que “uma das implicações da doutrina cristã da graça é a natureza gratuita dos dons que são oferecidos a nós”. Fico agradavelmente surpreso ao vê-lo acrescentar que “esta é uma implicação sobre a qual os protestantes pensam, talvez com mais frequência do que nós”. Infelizmente, tenho a impressão que esta homenagem ao protestantismo seja imprecisa.
E aqui:
Contudo, noto uma maior proporção de pessoas oprimidas por esta deturpação entre os protestantes do que entre os católicos.
Pois, como eu mesmo já tive ocasião de aprender, em muitos círculos evangélicos desafiar abertamente a ortodoxia é visto como pecado menor do que mencionar o catolicismo numa luz positiva. Essa imprudência, em conjunto com a ameaça de ecumenismo do capítulo 24, podem ter representado a ofensa sem perdão que mereceu o silenciamento de Tournier.
O que é certo é que Paul Tournier (1898-1986) não escreveu Culpa e graça para gerar controvérsia ou para produzir uma revisão na ortodoxia. Seu propósito declarado foi ensinar seus colegas médicos a tratarem seus pacientes como gente – aquela postura que viria a ser conhecida como “medicina integral” e da qual Tournier é um dos mais celebrados precursores.
Tournier sonhava com um dia em que os médicos deixassem de olhar seus pacientes como pedaços de carne que só carecem de cura física, um dia em que os cristãos deixassem de ver as pessoas como almas desencarnadas que só carecem de salvação.
Os médicos já estão fazendo a sua parte.


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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Instituto Vida Feliz 7 anos de conquistas

A história do Vida Feliz se confunde com a Comunidade Vida, sua principal mantenedora. A Comunidade Vida nasceu em 1 de janeiro de 2004. Fruto de um amadurecimento ministerial.
Desde quando fui ordenado ao ministério pastoral em 10 de abril de 1993 na Convenção Nacional das Assembleias de Deus Ministério de Madureira, realizada naquela ocasião em Goiânia, já pulsava em meu coração um desejo pela missão integral. Falava-se muito naquela época em quebrar os paradigmas, e pensava que podíamos fazer mais, e não nos limitarmos no cuidado da vida espiritual do ser humano. E muitas igrejas o fazem muito bem. Evangelizar, discipular, batizar, treinar, formar obreiros... Mais o que faltava e falta até hoje é um compromisso maior com a macro visão do evangelho do reino, que contempla o ser humano em sua totalidade.

Um compromisso integral com as questões sociais. Não podemos como igreja nos furtar desse desafio. Como agentes de transformação, temos a responsabilidade de fazer diferença na comunidade onde estamos inseridos, sendo um reflexo do caráter de Cristo, cumprindo nosso chamado, ser sal fora do saleiro, ser luz que dissipa as trevas.

É preciso sair do conforto limitador das quatro paredes, para perceber que a despeito das crises, das ambiguidades, nós como igreja temos a resposta para todas essas inquietações, e frustrações desse tempo, em que instituições, empresas abrem espaço para reflexão da responsabilidade social.

Não podemos ficar reféns, do poder público, precisamos fazer. Ninguém é pobre demais, que não possa ajudar, somar, interagir de alguma forma.
De 1988 até aqui, vim pavimentando esse sonho cativante de fazer diferença no contexto social. Foi nesse intervalo que conheci Nehemias Bandeira, Gilberto Paulo, Tarcísio Oliveira e Tito Elias. Já éramos irrequietos, queríamos fazer alguma coisa. Nessa época não tínhamos ideia, do que Deus tinha reservado para nós. Depois de um tempo, cada um seguiu seu caminho. Hoje todos somos pastores, com a consciência, que estamos fazendo muito pouco.
Em janeiro desse ano nos reencontramos para nunca mais nos separar. Hoje são meus parceiros na ampliação desses sonhos incomum do evangelho do Reino moldando nossa geração para cumprirmos nossa missão.
A estrutura veio com tempo, agora é hora de ampliar, tanto o Vida Feliz, quanto o Centro de Recuperação para Dependentes Químicos no Maracanã. Precisamos de mais anjos, anjos incomuns, anjos de carro e osso, anjos da solidariedade, para se unir à nos, como soldados da esperança, de que utopias podem ser desmistificadas e se tornar possíveis.
Quando você conhecer o Instituto Vida Feliz, você testemunhará com seus próprios olhos a transformação efetiva no bairro, nas crianças e em suas famílias.
Quase que nascia no dia das crianças. Sinto um forte chamado para cuidar delas. Tenho dois filhos maravilhosos, sempre sonhei em ser pai. Agora não tem como voltar atrás, Deus me tornou pai de uma multidão, pelo rádio, na igreja, no Vida Feliz.
Nesses 14 de outubro se você quiser me presentear, torne-se um parceiro do Vida Feliz, e a minha alma estará em festa por você.